1.9.11

SHIVA E HINDUISMO

“A iluminação tem tantas formas quanto mestres e discípulos.”


Principal religião da Índia, o Hinduísmo é um tipo de união de crenças com estilos de vida. Sua cultura religiosa é a união de tradições étnicas. Atualmente é a terceira maior religião do mundo em número de seguidores. Tem origem em aproximadamente 3000 a.C na antiga cultura Védica.


Shiva ou Xiva é um deus ("Deva") hindu, o Destruidor (ou o Transformador), participante da Trimurti juntamente com Brama (Brahma), o Criador, e Vixnu (Vishnu), o Preservador.


Uma das duas principais linhas gerais do hinduísmo é chamada de xivaísmo, em referência ao deus.



Na tradição hindu, Shiva é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de "renovador" ou "transformador". As primeiras representações surgiram no período Neolítico (em torno de 4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o "Senhor dos Animais". A criação do yôga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele.

Shiva é o deus supremo (Mahadeva), o meditante (Shankara) e o benevolente, onde reside toda a alegria (Shambo ou Shambhu).







O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é o trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades dos fenômenos: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio

Originalmente o deus da montanha, Shiva, que significa auspicioso, é o deus da destruição. Mas, num mundo de infindáveis renascimentos, a destruição precede a criação. Pode ser venerado como um língan (símbolo fálico), como um asceta, um professor, ou como um dançarino na grande dança da destruição.
Shiva, por contraste a Vishnu, não possui avatares, mas ele tem uma família de esposas e crianças. Shiva era originalmente conhecido como o destruidor, mas desde que ele incorporou adjetivos de criador (ele destrói as coisas para renová-las), e sustentador.
De fato, a figura de Shiva dançando, sustentando o mundo é uma figura hindu comum. Os seguidores de Shiva são conhecidos como Shaivites. As lendas que exploram isto são mencionadas no Ramayama, mas parecem ser muito mais completas nos Puranas. A figuração principal de Shiva é uma sadhu de meditação, mas ao lado das atenção de Parvati, uma de suas esposas, ele também possui um lado familiar.
O principal símbolo de Shiva é um lingam, um objeto fálico. Este símbolo é colocado como a imagem central de um templo Shaivite e freqüentemente é feito de material valioso, como prata. Possui usualmente dois ou três pés de altura, e constitui foco de veneração por seus seguidores.


As esposas de Shiva são os símbolos da força feminina, chamada Shakti. Elas são freqüentemente veneradas no Shaivismo, mas podem ser elas mesmas veneradas em uma forma de hinduísmo denominada Shaktiismo. Apesar de haver várias figuras femininas associadas com Shiva, quatro se sobressaem: Parvati, Umma, Durga e Kali.
Parvati é a deusa do amor e do romance. Ela é jovem, bonita e cheia de vida. Assim, ela representa a união com Shiva, uma representação da sublimação da distinção sexual. Também, elas são freqüentemente descritas no ato do intercurso, a combinação da energia masculina e feminina no universo. Parvati é também a mãe de Ganesha. Apesar de Shiva inicialmente tentar matar Ganesha. Apesar de Shiva inicialmente tentar matar Ganesha, ele o adotou e formam uma das figuras de família preferidas no hinduísmo.
Umma é a esposa que representa a maternidade. Ela parece uma rainha com o carinho, nutrição e as características da maternidade.
Durga representa o atributo da justiça. Ela monta um tigre e carrega as armas da batalha. Neste ponto, ela não teme matar para reestabelecer a justiça.
Kali está selvagem, terrível e impreterivelmente associada com a morte. Ela é normalmente mostrada nua, vestindo um cachecol de cabeças humanas e uma camisa de braços humanos. A morte está ligada a suas atividades. De fato ela é algumas vezes dançando em cima da forma de Shiva, simbolizando a amplitude do selvagem e sua força imensurável. A cidade de Calcutá (Kali Ghat) teve este nome inspirado nela.
Shiva também possui dois filhos. O primeiro, Ganesha, tem a cabeça de um elefante e é o deus da superação de obstáculos, que se ligam a ele para a boa sorte e prosperidade. O segundo, Skanda, torna-se a divindade guerreira e o deus da guerra.



Brahma é o Pai; o Poder da Criação, da idealização da nossa razão de ser e atuar.


 Vishnu é o Filho; a Sabedoria e o Conhecimento da Vontade do Pai, ele é a missão de ensinar e acompanhar cada alma até a conclusão do plano divino na Terra.

 Shiva, é o Espírito Santo; o Amor à perfeição e à conclusão do plano divino, somado à missão de purificar a criação, destruindo todas as forças contrárias à vida e ao amor divino.





Brahma com Sarasvati (sua contraparte feminina) são os representantes de Brahman atuando como os mensageiros da “Criação– o Plano Divino - Os mensageiros da Semente da Verdade do Pai”.
É Brahma quem nos traz a vontade do Pai, o conhecimento do plano divino para nossas vidas. Este plano se manifesta de uma maneira bem abstrata e de difícil compreensão. O Plano nesta fase é uma semente que ainda não germinou.
Brahma se manifesta trazendo a vontade de Brahman para o nosso corpo da memória. Este plano divino vem para nós a cada início de ciclo de doze anos.

Sarasvati tem um importante papel nos ajudando a aceitar e a compreender a vontade do Criador, o que exigirá sempre muito de nós, colocando-nos sempre à prova, frente a frente com novas mudanças e transformações em nossas vidas

Sarasvati a Deusa do Aprendizado

Shakti, a Mãe Terra, a Mãe Natureza, o útero da Mãe divina, onde as almas, (filhos de Deus) estão encarnadas em seu útero, esperando a hora da conclusão do plano divino individual e da purificação pelo Fogo Sagrado do Espírito Santo de Deus, (libertação do carma negativo), para ser aceito no ritual sagrado da Ascensão.


Shakti (é contraparte feminina de Brahman) atuando como a Mãe Terrenal que não representa a Santa Trindade de Brahma, Vishnu e Shiva, Pai Filho e Espírito Santo, mas proporciona a forma física para a manifestação do plano exposto pela trindade.



Nós estamos e atuamos com a nossa amada Mãe Terra, a representante de Brahman que é e está na Terra sempre junto conosco. A Mãe Terrenal. Ela é o Poder Supremo do Pai em forma física.

O nome para ela é “Shakti” a “Mãe Terrenal”. Ela é o nosso útero, a casa para a nossa evolução. Ela é a manifestação física da Mãe divina em sua totalidade Ômega. Todos os filhos de Deus ainda não ascensos na luz, estão vivendo no mesmo útero da Mãe Terrenal.

É a partir de Shakti que começamos a dar a forma ao plano que nos foi entregue por Vishnu. Brahma atua em nossa memória. Vishnu em nosso mental. Shakti no emocional e Shiva no físico.

É com a Mãe que aprenderemos a servir ao próximo os frutos que vamos colher de nosso plantio



O instrumento primordial de toda a criação é o som. A palavra é a reverberação do som que vibra desde o primeiro momento a que foi pronunciada.


As numerosas e diferentes formas de Shiva representam a dialética da própria natureza. Suas manifestações são complexas e contraditórias: Mahakala é o Senhor do Tempo, Mrituñjaya é o Vencedor da Morte, Pashupati é o yogi que medita nas florestas, Senhor das Feras, Sarva é o Arqueiro, Mahadeva é o Grande Deus, o deus da vida e da morte, Natarāja é o Rei dos Dançarinos, Ardhanarishvara é o andrógino, que unifica e transcende as dualidades.


Para que a imortalidade exista, a morte também deve existir. Apenas Shiva, o grande yogi que está além das dualidaes, pode absorver o veneno da morte e salvar o mundo.


 

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