Publicada: 15/09/2011 00:44| Atualizada: 14/09/2011 23:18
Adriano Villela
Depois do Aeroclube, um outroprojeto antigo está próximo de ter um desfecho positivo em Salvador: o início da construção do Hotel Hilton, um projeto apresentado em 2005 que superou polêmicas referentes ao patrimônio histórico e depois dos efeitos da crise internacional de 2008. Situado no bairro do Comércio, o hotel será construído pelo grupo português Imocon e terá padrão cinco estrelas. Falta apenas a renovação da licença de demolição, conforme o diretor do Imocon, Marcos Ramos.
Alvo de críticas de entidades defensora do patrimônio histórico, o projeto precisou de três anos para receber as licenças. Quando todo este processo foi concluído, em 2008, a crise internacional deflagrada pela quebra do Lehman Brothers brecou o financiamento. Bancos portuguêses vetaram financiamento para projetos fora de Portugal e, no Brasil, o BNDES suspendeu recursos para empresas estrangeiras.
A engenharia financeira – que envolveu a venda de ativos em Portugal e chegou a contar com diligências do ex-presdente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, exigiu mais três anos. Agora está praticamente equacionada.
O grupo conta com R$ 50 milhões dos R$ 80 milhões para o projeto, porém Ramos assegurou que as primeiras intervenções vão ocorrer mesmo sem o fechamento de um novo parceiro para o projeto. A responsabilidade pela obra será da Imocon com sede brasileira e mesmos sócios da matriz portuguesa. Notícias de bastidores do mundo empresarial de Salvador dão conta que o parceiro pode ser o grupo GDK e a transação estaria em fase final.
Marcos Ramos rebate qualquer possibilidade de a obra não sair. “Por causa da crise, o grupo Imocon não vai fazer novos hotéis, mas este (de Salvador) está garantido)”, afiançou. Quem também afirma que agora o projeto do Hilton deslancha é o diretor-geral do Escritório de Revitalização do Comércio, Marcos Cidreira. O gestor relatou que o órgão, vinculado à prefeitura de Salvador, recebeu há duas semanas o vice-presidente do grupo Hilton e a diretoria da matriz da Imocon. “O hotel está 100% decidido”.
Com padrão cinco estrelas, o hotel terá 170 apartamentos e exigirá dois anos para ser efetivado, devendo ficar concluído antes da Copa 2014. Será a segunda unidade da bandeira americana no Brasil, primeira do Nordeste. Devem ser gerados cerca de 500 empregos, mais 350 na fase de construção. A bandeira americana envolve mais de 4 mil hotéis espalhados pelo mundo.
Já o grupo Imocom tem negócios ainda em Angola e Cabo Verde, atuando em hotelaria e no setor imobiliário. Fatura anualmente cerca de 120 milhões de euros.O Hilton baiano contará com toda a estrutura para garantir a comodidade da estada, como restaurantes, spa e fitness.
Que não houve qualquer alteração do projeto aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), orgãos ambientais e Sucom. Marcos Cidreira não esconde a satisfação com a proximidade do desfecho dos seis anos de negociação. “O Hilton é o alicerce que consolida a região como um bairro de comércio e serviços autossustentado, agregando agora o turismo”, ressaltou. “Há outros projetos de hotel para o Comércio que serão anunciados depois do começo da obra do Hilton”.
Publicada: 15/09/2011 00:44| Atualizada: 14/09/2011 23:18
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