
Falavamos o ultimo final de semana sobre um livro que se chama "a flor do deserto"e logo depois em cas leio um artigo assim:
UNICEF: mutilação genital feminina afecta três milhões por ano
Lusa24/11/2005
A UNICEF revelou hoje que três milhões de raparigas em África e no Médio Oriente são sujeitas a mutilação genital todos os anos, defendendo que esta prática pode ser eliminada "no espaço de uma geração".
Lusa24/11/2005
A UNICEF revelou hoje que três milhões de raparigas em África e no Médio Oriente são sujeitas a mutilação genital todos os anos, defendendo que esta prática pode ser eliminada "no espaço de uma geração".
Este livro é justamente sobre este polemico assunto
Waris Dirie tinha apenas cinco anos quando foi mutilada no deserto da Somália.
Flor do Deserto não é um livro fácil de ler, tão pouco um livro para ler à noite antes de deitar, uma vez que levanta muitas questões e toca em alguns pontos sensíveis: a liberdade de escolha de cada um e a liberdade de pôr e dispor do próprio corpo. A nossa narradora é a autora do livro, Waris Dirie que nos conta como passou dos desertos da Somália para o mundo da moda internacional, depois de uma infância dura na vastidão do deserto e de uma adolescência muito diferente do conceito que conhecemos, trabalhando em casa de parentes sem qualquer remuneração em troca. Ela é uma mulher admirável, de espírito hercúleo, que passou privações e torturas aterrorizadoras, tendo sido a mais marcante a excisão (mutilação genital feminina - MGF) a que foi sujeita aos cinco anos, um ritual há muito estabelecido na Somália e outros países africanos de ideologia muçulmana que consiste em cortar o clítoris – na vertente mais branda – ou na remoção total do mesmo e dos lábios vaginais, cosendo-se em seguida os tecidos que sobram, ficando apenas um minúsculo orifício pelo qual a mulher urina e menstrua. Neste caso, a mulher "costurada" só é "aberta" para o marido (calcula-se que diariamente cerca de seis mil meninas são sujeitas à MGF, sem qualquer esterilização e recorrendo a lâminas, pedaços de vidro e até à dentada; tudo vale para “preparar” uma menina para ser uma mulher). Waris abandonou as passarelles para se dedicar exclusivamente ao combate contra a MGF. «É difícil saber o que me teria acontecido se não tivesse sido mutilada. Faz parte de mim, não conheço outra realidade(…)
Waris Dirie tinha apenas cinco anos quando foi mutilada no deserto da Somália.
Flor do Deserto não é um livro fácil de ler, tão pouco um livro para ler à noite antes de deitar, uma vez que levanta muitas questões e toca em alguns pontos sensíveis: a liberdade de escolha de cada um e a liberdade de pôr e dispor do próprio corpo. A nossa narradora é a autora do livro, Waris Dirie que nos conta como passou dos desertos da Somália para o mundo da moda internacional, depois de uma infância dura na vastidão do deserto e de uma adolescência muito diferente do conceito que conhecemos, trabalhando em casa de parentes sem qualquer remuneração em troca. Ela é uma mulher admirável, de espírito hercúleo, que passou privações e torturas aterrorizadoras, tendo sido a mais marcante a excisão (mutilação genital feminina - MGF) a que foi sujeita aos cinco anos, um ritual há muito estabelecido na Somália e outros países africanos de ideologia muçulmana que consiste em cortar o clítoris – na vertente mais branda – ou na remoção total do mesmo e dos lábios vaginais, cosendo-se em seguida os tecidos que sobram, ficando apenas um minúsculo orifício pelo qual a mulher urina e menstrua. Neste caso, a mulher "costurada" só é "aberta" para o marido (calcula-se que diariamente cerca de seis mil meninas são sujeitas à MGF, sem qualquer esterilização e recorrendo a lâminas, pedaços de vidro e até à dentada; tudo vale para “preparar” uma menina para ser uma mulher). Waris abandonou as passarelles para se dedicar exclusivamente ao combate contra a MGF. «É difícil saber o que me teria acontecido se não tivesse sido mutilada. Faz parte de mim, não conheço outra realidade(…)
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