Independente do vencedor de Espanha x Holanda, mais uma seleção vai entrar para o hall dos campeões mundiais. A Holanda vai para a sua terceira final, depois de ter perdido em 1974 para a Alemanha e em 1978 para a Argentina. Já a Espanha nunca chegou a uma final. A melhor colocação dos espanhois em Copas do Mundo foi um 4º lugar em 1950.
DAVID VILLA
Apesar de nenhum título mundial, a Holanda é uma das maiores do mundo em tradição, ninguém esquece do famoso time de 1974, que não ganhou a Copa por detalhesA Holanda não perde um jogo desde junho de 2008 e tem 14 vitórias seguidas em jogos oficiais, eliminatórias e Copa. O suficiente para lhe render a pecha de favorita.
A Espanha de Del Bosque desembarcou na África do Sul como virtual campeã do mundo, com um título da Eurocopa de 2008 na bagagem e chega na final após tirar a poderosa Alemanha na semi, sensação do torneio.
Fúria - difícil é entender o apelido
Difícil imaginar que um país com times vencedores como Real Madrid e Barcelona, conviva com o fato de não ter um Mundial de seleções no currículo. A “síndrome de fases finais” é algo que perturba a Espanha a cada quatro anos. Algo semelhante ao “complexo de vira-latas” criado pelo escritor Nelson Rodrigues por ocasião de nossa derrota em 1950 e posterior eliminaçao em 1954.Em todos as Copas que disputou, 13 com esta, “a Fúria” - pelo retrospecto fica difícil entender o apelido - conta com “amareladas” inexplicáveis. Em 1962 a federação espanhola naturalizou três craques, o húngaro Puskas, o uruguaio Santamaría e o argentino Di Stéfano, para finalmente conseguir o topo, mas teve Brasil e Tchecoslováquia no caminho e deu adeus ainda na primeira fase. A Hungria sem Puskas, foi até as quartas.
Quatro anos mais tarde, chegaria na Inglaterra credenciada como uma das favoritas ao título por ter vencido a Eurocopa de 64, mas abriu mão dos estrangeiros naturalizados e dançou outra vez na primeira fase, perdendo para Argentina e Alemanha.
O holandês Guus Hiddink ostenta o status de herói nacional em dois países. Depois de levar a Holanda até as semifinais da Copa de 1998, na França, Hiddink assumiu o desafio de treinar a Coréia do Sul na Copa de 2002, na Ásia. Conduziu a seleção até as semifinais e virou uma das pessoas mais populares no país. Até então, os sul-coreanos nunca tinham vencido uma partida em Mundiais. O sucesso de Hiddink foi tanto que um estádio da Coreia do Sul foi rebatizado como seu nome. Em seguida, classificou a Austrália para a Copa de 2006, na Alemanha, quebrando um jejum de 32 anos do país.
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